A Paraparesia Espástica Hereditária tem como principais sintomas a fraqueza e/ou espasticidade dos membros inferiores. A espasticidade é expressa como um aumento do tônus muscular associado ao aumento da velocidade com que se movimenta o segmento de maneira passiva, hiperreflexia e presença de reflexos primitivos.
Qualquer grau de espasticidade que acometa as extremidades inferiores pode causar postura anormal, atraso no desenvolvimento motor e padrões atípicos da marcha. A presença de espasticidade contribui também para problemas musculoesqueléticos secundários, como contraturas musculares, torção óssea, luxação ou sub-luxação do quadril e deformidade da coluna vertebral.
Uma das principais técnicas para diminuir a espasticidade, como tratamento não medicamentoso, é o alongamento. Essa atividade tem como objetivo diminuir a tensão muscular e evitar a perda dos movimentos que pode ocorrer com diminuição de atividades, fraqueza ou espasticidade.
Os fisioterapeutas acreditam que com os alongamentos e exercícios corretos, com foco na redução da espasticidade, é possível diminuir a degradação articular devido à postura anormal, melhorar a postura e a marcha, bem como aumentar a mobilidade e a independência. 1
Geralmente é indicado que durante o exercício, cada alongamento deve ser mantido por 30 a 40 segundos, conforme tolerado. Em caso do paciente apresentar uma menor flexibilidade, as contraturas podem ocorrer, o que pode ser doloroso e limita significativamente a amplitude de movimento. A falta de flexibilidade e amplitude normal de movimento pode contribuir para desequilíbrios, problemas musculares e quedas.2
Vale salientar que os movimentos devem ser realizados suavemente e respeitando seus limites. NUNCA de forma brusca!
Durante o I Encontro PEF – Brasil, no qual ocorreu em novembro de 2015, foi distribuído pelo Departamento de Neurologia da UNICAMP um panfleto com uma série de alongamentos para as pessoas com PEH fazerem em casa.
Alongamentos diários são muito importante para evitar uma série de complicações como já citado anteriormente, portanto ALONGUEM-SE.
Autores: Celyna Káritas Rackov & Priscila Frias Molina
Referencias
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Mallory Groppe & Katrin Mattern-Baxter (2012) Passive Stretching and its Effect on Spasticity and ROM in Children with Cerebral Palsy. Journal of Student Physical Therapy Research. V. 5. N. 1. Article 2.
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Stretching for people with MS. Disponivel em: https://www.nationalmssociety.org/NationalMSSociety/media/MSNationalFiles/Brochures/Brochure-Stretching-for-People-with-Ms-An-Illustrated-Manual.pdf