Quem possui uma das paraparesias espásticas correlatas pode apresentar como um dos sintomas a bexiga neurogênica, como bem colocado em uma texto escrito pela Dra. Karina Kakiuchi (clique aqui para ver o texto na íntegra) que é fisioterapeuta, especialista em terapia intensiva e respiratória, e mestre em ciências da saúde.
Essas alterações no funcionamento da bexiga podem trazer um desconforto em nosso dia a dia. Para melhorar esse quadro, podemos realizar algumas mudanças simples em nosso estilo de vida. São técnicas seguras, fáceis, eficazes e baratas, que podem ser tentadas antes de serem buscados outros tratamentos, ou em associação com eles para aumentar sua eficácia.
Muitas vezes, por termos uma disfunção urinária, diminuímos nossa ingestão de líquidos para evitar situações constrangedoras… Mas isso é um grande erro!
Segundo a Mayo Clinic, devemos ficar atentos a nossa ingestão de líquidos e fluídos, devendo adotar bons hábitos, como:
– Evitar tomar muita quantidade de uma vez só, o que sobrecarrega nossa bexiga, criando sensação de urgência. A ingestão de pequenas quantidades de água, muitas vezes ao dia, é o mais recomendado;
– Beber mais água pela manhã e à tarde e reduzir o volume de água à noite para diminuir as vezes que precisa levantar da cama para urinar;
– Evitar ou reduzir a ingestão de bebidas com álcool e/ou cafeína (chá, café, coca-cola), além de bebidas carbonadas, frutas ácidas, alimentos picantes e chocolates, que causam irritabilidade na bexiga e tendem a aumentar a produção de urina;
– Ingerir cerca de 2 litros de líquidos diariamente, ou, em casos especiais, conforme orientação médica. A ingestão reduzida de líquidos/fluídos concentra nossa urina em resíduos, deixando-a amarelo-escura e com forte odor. Esta urina “forte” pode ainda causar irritação em nossa bexiga, aumentando a vontade e a frequência com que você precisa urinar.
Além destas dicas, é extremamente importante que você realize o fortalecimento do assoalho pélvico com exercícios indicados por seu fisioterapeuta. O mais simples destes exercícios é o kegel, no qual a musculatura do assoalho pélvico pode ser exercitada 3 a 4 vezes por dia, com você deitado, sentado ou em pé… Instrua-se com seu fisioterapeuta sobre a maneira correta de fazê-lo.
Por Michelle Detoni, PhD em Biologia e Dra. Karina Kakiuchi, especialista em terapia intensiva e respiratória, e mestre em ciências da saúde.
Núcleo Médico – Científico da ASPEC Brasil.
Referência
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/urinary-incontinence/in-depth/bladder-
control-problem/art-20046597