Elaborado por Carolina Curaça, Dentista
NMC, Núcleo Médico Cientifico da ASPEC Brasil
SeCom, Secretaria de Comunicação da ASPEC Brasil
A saúde bucal é primordial para a manutenção da qualidade de vida do indivíduo. A boca é a porta de entrada para os nutrientes do corpo, é coadjuvante na respiração e, através da fala, nos comunica com o mundo. Em alguns casos, o paciente fica impossibilitado de procurar atendimento odontológico devido a dificuldades de locomoção ou por estar acamado. Entretanto, não devemos negligenciar a saúde bucal por este motivo. O paciente pode receber este atendimento em casa ou na clínica onde estiver recebendo tratamento de saúde.
Pela legislação Brasileira, “O SUS promove a atenção domiciliar, que consiste em modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde.”
“Através do Sistema Único de Saúde (SUS), pessoas com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde (idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou pacientes pós-cirúrgicos) contam com a assistência feita por Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD), constituídas por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas, e por Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP), que incluem cirurgiões-dentistas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos, etc.” (1)
O tratamento odontológico domiciliar consiste, nestes casos, em educação da higiene oral, prevenção e remoção dos focos de infecção.
A orientação da higiene oral é a prioridade, pois, na maioria dos pacientes, a higiene é feita por outra pessoa (cuidador ou familiar), que precisa ser orientada sobre o modo de escovação e a limpeza da cavidade oral.
Dentes e cavidade oral
A atenção não deve ser voltada apenas aos dentes. A limpeza da cavidade oral tem como objetivo a diminuição de micróbios, que provocam não só infecções locais, como cáries, bem como doenças de gengiva, infecções fúngicas e, inclusive, infecções sistêmicas, a exemplo de pneumonia e de doenças cardíacas.
Os tratamentos visam extinguir a dor e promover o controle do foco de infecção, e incluem extrações, restaurações, uma profilaxia profissional (limpeza) e até próteses dentárias.
O atendimento domiciliar não tem como foco a estética, como clareamento dental e próteses estéticas, como lentes de contato.
Segundo o advogado especialista em serviços de saúde Elton Fernandes, para conseguir o atendimento domiciliar é necessário consultar a unidade de saúde próxima à residência do paciente ou um dos agentes comunitários de saúde para verificar a disponibilidade do fornecimento do serviço na região.
“O atendimento é realizado por equipes multidisciplinares, formadas prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta ou assistente social. Verificada a disponibilidade do programa na região, é necessário o preenchimento de um formulário e será agendada a visita de equipes especializadas para a avaliação do caso.”
“Em caso de negativa do SUS em fornecer o home care, é possível ingressar com ação judicial, sendo necessário um bom relatório médico justificando a necessidade de acompanhamento médico ou de enfermagem domiciliar.”
“São necessários ainda documentos que comprovem que o paciente não tenha condições de custear o home care com recursos próprios de forma tranquila ou sem prejuízo de seu sustento.”
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Referências
https://site.crosp.org.br/noticia/ver/300-Ministrio-da-Sade-redefine-regras-para-atendimento-domiciliar-pelo-SUS.html
“Manejo odontológico para paciente acamado”. Pâmela Peres. Youtube. https://www.youtube.com/watch?v=BaDIKnPzV4c
https://www.eltonfernandes.com.br/home-care-pelo-sus
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